terça-feira, 29 de março de 2011

Hóspede

O que eu sinto aqui dentro é difícil de explicar
Nem escrevendo um livro conseguirei me expressar
O máximo que consigo, me esforçando, é dizer
Que absolutamente sozinho pareço viver

Dias e noites passam pra piorar
E os amigos que ligam não me podem ajudar
Nota-se que andam todos ocupados
Estudo, mulheres e afazeres variados

Diante dos fatos fico reflexivo
“Não pode sair? O que há, meu amigo?”
Meus neurônios circulam da periferia ao centro
Tornei-me vagabundo, agora eu entendo!

Para esse problema tenho de dar um jeito
Trabalho, dormir, matá-lo no peito
Ainda há fé de que vou me livrar
Do hóspede safado que em meu coração está.


Alessandro P de Lima

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